sábado, 4 de setembro de 2010

Certidão de Nascimento

Depois da compra efetuada, motor desmontado e fora do carro, acabamos por notar que dentro do cofre do motor o carro apresentava, logo abaixo das longarinas dianteiras, uma cor azul escura notadamente original. Sendo assim percebi que a cor prata ostentada por ele não era a de fábrica, pois sabia que ele já havia recebido um banho de tinta. Novamente recorri ao forum da Alfa Romeo BR e perguntei como poderia descobrir mais informações sobre o meu carro. Disseram-me que era muito simples, pois a Alfa Romeo mantem um arquivo que com o número do chassis você consegue obter informações relevantes da procedência do carro, como por exemplo a cor.

Escrevi então para o Centro Documentazione Alfa Romeo onde prontamente recebi a Certidão de Nascimento do meu Alfa Romeo GTV 1750.

                                                                                                                                                                                                                                             Com este documento em mãos, resolvi buscar a formula da tinta Bluette (AR 327) na internet. Pelos sites de busca logo identifiquei uma paleta de cores com uma proporção de cores para a chegar a aquele azul.


Na loja de tintas pedi que preparassem uma amostra segundo estas proporções, que foi feita sem maiores problemas e entregue ao pintor que logo aplicou numa superficie para que comparassemos. Quando fomos ver o resultado observamos que a tinta não tinha muito a ver com o que existia no carro, era uma cor bonita, mas não a original.

Conversei com o especialista na preparação e ele afirmou ter preparado conforme a tabela, mas poderia ser que como antigamente as tintas levavam na sua composição materiais que hoje são proibidos, como o chumbo, talvez fosse o motivo de tal divergência, além de que aquela cor já estar queimada por estar no cofre do motor por 42 anos.

Com estas informações na cabeça tentei junto com o pintor pensar em algo que nos levasse a cor exata, e não demorou muito, com muita paciência o pintor conseguiu retirar a tinta prata da tampa de combustivel (parte interna) e ter uma amostra da cor original. Depois de conseguir tirar a tinta prata e polir até que o azul voltasse a ser quando saiu de fábrica, levamos a loja de tinta para que fizesse novamente uma amostra precisa da cor azul Bluette (AR 327).

Bingo! Quando aplicamos a tinta logo acima das longarinas dianteiras notamos que a tinta estava perfeita, era aquilo mesmo, não tinha diferença. Com esta etapa vencida sabiamos que estavamos indo certo para uma restauração criteriosa, seguindo totalmente a originalidade. Ainda bem que era um azul nobre e bonito, porque caso contrário, certamente eu iria pensar em um vermelho - Rosso Alfa!

Para me familiarizar com azul e estimar o resultado final, procurei na internet fotos de alfas com o azul Bluette (AR 327) ou (AR -506) que descobri mais tarde ser a mesma cor. Não existem muitas fotos de Alfas nesta cor, mas decobri um par de fotos que uso até agora como referência, e que por acaso acho lindas. Segue abaixo.





Por enquanto é isso, mais tarde posto mais sobre este início de restauração.



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